2010 - RESUMO FINAL:
Da análise final sobre a actividade do PRAHA, pode-se afirmar que o exercício de 2010 decorreu de uma forma geral satisfatória, mas que no futuro, há que refazer algumas práticas, seja da forma como se rega e se aproveita a água disponível, seja até de algumas práticas culturais, ou de algumas formas de estar perante a obra existente e os recursos disponíveis.
Fazendo referência ao relatório do ano 2009 e transcrevendo o que aí foi referido, entende-se "...
não querendo fazer considerações sobre o tipo de rega praticado pelos regantes, pode-se concluir que eventualmente algumas práticas estarão desadequadas para o tipo de culturas instaladas, pois o volume armazenado passível de ser utilizado (1.500.000 m3), e para uma dotação média anual por cultura (5000 m3/ha), se teria uma área útil de cerca de 300 ha. Faz-se notar também, que os tipos de distribuição existentes: Baixa Pressão e Alta Pressão; não se adequam com as práticas de rega existentes em sistema por Gravidade, em que a água circula desde um primeiro patamar por alagamento, passando posteriormente para novo patamar, e assim sucessivamente. ...".
Nesta sequência da problemática utilização da água, lançou em 03 de Junho de 2010 o Presidente da Junta para discussão interna na Direcção da Junta, o documento "Proposta para o uso racional da água no PRAHA - Campanhas de Rega - Aplicação da Taxa de Recursos Hídricos", tendo o mesmo documento sido apresentado para discussão e aprovação em Assembleia Geral de Regantes realizada em 13 de Agosto de 2010. Infelizmente, a discussão e aprovação dessa proposta foi adiada para a reunião seguinte, sendo novamente ponto da ordem de trabalhos da reunião anual.
Também algumas utilizações não correctas tem levado à degradação dos caminhos agrícolas tais como: uso de equipamentos agrícolas; valas para atravessamento de condutas de rega; obras em parcelas confinantes; etc...
Com as mesmas palavras do anterior relatório se lembra que "
...da parte dos regantes, é necessário que tenham em consideração que o território que ocupa o PRAHA é da sua responsabilidade, e que a manutenção de todos os equipamentos desde a Barragem, caminhos e equipamento de distribuição de rega, a manutenção dos hidrantes e respectivas protecções (anéis em betão), bem como do tipo de ligações aos mesmos, devem corresponder a uma boa e correcta utilização. ... convém referir, que danos causados sejam nos hidrantes, caminhos ou outros equipamentos instalados, a sua reparação vai sempre incidir no custo cultura/ha. Se para alguns isso não têm importância, para outros poderá estar em causa a própria sobrevivência das explorações, pois se as despesas com manutenção/reparação aumentarem de uma forma não controlada, torna inviável qualquer tipo de cultura...."
Aos regantes em sistema por Alta Pressão/Bombagem, é necessário que tenham em atenção os equipamentos que lhe foram postos à disposição, e lembrar que a sua existência no PRAHA foi de sua iniciativa e alvo de um projecto e aprovação da obra por parte das autoridades nacionais e europeias, bem como o consequente financiamento por parte de um programa comunitário, alvará por parte da entidade licenciadora, etc.
Vila Velha de Ródão, 25 de Fevereiro de 2011